Durante algum tempo estive presa em uma relação que nunca foi de fato, uma relação. Na verdade, eu sempre esperei que essa relação virasse de verdade algo mais concreto, mais objetivo, mais envolvente, e só sabia fazer uma única coisa... esperar... O fator tempo, às vezes é cruel, porque como já diz um determinado texto por aí: "O tempo é devagar pra quem espera.... " e a minha vez não chegava, mas eu acreditava que chegaria de verdade. Quando a decisão não parte de nós mesmos, o destino prega essa decisão dentro de nossas vidas, de alguma maneira. E ela acaba entrando de forma automática, sem que você perceba que algo de muito valor tenha sido substituído. E está sendo exatamente assim...
À princípio, a lição de fazer a razão entender que o coração já está pensando em outro alguém é um pouco difícil, não de entender, porque sentimento não se explica, vivencia, mas aceitar.
Difícil também começar a vivenciar a vida sem aquela pessoa que por pior que seja uma situação, nós já estamos acostumados com ela. Já sabia até como dar "bom dia". E daí a ter que aprender tudo novamente, realmente me deixa um pouco aflita, não pelo medo de tentar, mas depois de tentar e de repente não dar certo. Daí, a decisão já foi tomada anteriormente.
Depois dos primeiro passos básicos da decisão, precisamos começar a esvaziar a mente e o coração que ainda estão em um processo confuso de identificação de sentimentos. Essa sim, é a parte mais difícil de todo o processo. Quando estamos esvaziando, muitas perguntas surgem em nossas mentes: "Será que estou fazendo a coisa certa?"; "E se depois eu me arrepender?"; "E se for só uma paixonite aguda?"...
É nesse momento também, que relembramos inúmeras coisas que se passaram. O Desapego das lembranças é o que mais me faz sofrer, pois elas nunca se apagarão, estarão ali para sempre, e mal ou bem, sempre iremos comparar uma situação à outra. A vida sempre foi assim.
Pronto! A lição da decisão está quase completa.... A segunda parte, depois de todo o sofrimento da primeira é a mais fácil. Com o coração mais vazio (não literalmente vazio), o próximo passo é se doar. Isso mesmo, pisar fundo, ou melhor, debrear (lembranças boas), e deixar que esse novo alguém faça parte de você por completo, como se nunca tivesse existido um outro alguém na sua vida.
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
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